sábado, 27 de dezembro de 2008

Não consigo dormir, e escrevo...

Vermelho e amarelo se agridem no meu quarto cada dia menor.
As aranhas disputam comigo este território exíguo, transtornante, particular.
Não existe nos livros e cadernos providencialmente desarrumados sobre a mesa qualquer fórmula física, matemática, antropológica ou filosófica que explique a universalidade e ao mesmo tempo a singularidade desse momento. Dizendo melhor, dessa historia absolutamente vazia, na qual homens como eu alimentam sua ignorância.
Estamos em lugares diferentes, neste instante estamos mesmo fazendo ou pensando coisas completamente diferentes e, no entanto, nada transcende, tudo se resume ao nada.
Vermelho e amarelo se agridem e, no entanto, é desnecessário. Não faz a menor diferença tentar ser diferente.
Adianta sim, saber não existir.

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