Segue aí uma coisa feita numa noite dessas, só pra não esquecer que dentro de mim mora ainda um menino que vê e vive.
TEMPO DOCE. LEVE. QUE GASTO TODO DENTRO DE MIM. TARDE TÉPIDA. OCUPADA EM RECORDAÇÕES: futuro ontem.
TEMPO QUE VATICINA UM AMOR, UM APOCALIPSE, UM POEMA.
TEMPO MUDO. TEMPO DO MUNDO.
ABRAÇO O TEMPO E DEIXO O RESTO ACONTECER.
SOBRE MINHA PELE O TOQUE VERTIGINOSO DESSE DEUS MENOR, QUE ME FAZ, CADA VEZ MAIS, ME PARECER COMIGO.
MEU TEMPO É MEU AMIGO E ME CONVIDA À EXISTÊNCIA.
A EXISTÊNCIA QUE TEM ESSE GOSTO DOCE. DE UMA TARDE DEBAIXO DE UMA MANGUEIRA
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quarta-feira, 3 de março de 2010
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Agonia psicografada de alguém ainda vivo
OLHA EU AQUI DE NOVO, NO BLOG. OLHA EU ALI DE NOVO, NO TEXTO...
E é assim que se admite a própria mediocridade, sorrindo no escuro, em frente aos dementes e/ou coléricos. Pedindo, se admite a mediocridade.
Entre os versos esparsos e as drogas pacificadoras, escondido dos familiares que se dividem entre o assombro, pena e desprezo, está você, dentro do quarto, fora do mundo, sorrindo, no escuro.
Estoicamente, você espera pela mão salvadora que te arrancaria do deserto e te levaria até onde houvesse o que matasse a tua sede.
Devassado por si mesmo e odiado por si mesmo, você não reluta mais e pensa em alternativas moral e religiosamente censuráveis: práticas autocondenatórias, suicídios nada originais e fugas impraticáveis. (Você é medíocre afinal).
Descobre um substantivo novo. Abraça forte o animal de estimação falecido. Descobre flores sob a cama. É seduzido pelo lamento cálido de um inseto.
Reduzido, você se mastiga e se cospe. E no chão do quarto, no escuro, você ainda tem a sensação abominável dos seus dentes em sorriso.
Quase louco. Quase morto. Quase pronto para se despir. Você inventa uma coisa para, hermeticamente, gritar aos outros, aqui no blog, que você quer VIVER. Urgentemente.
Me ajudem.
E é assim que se admite a própria mediocridade, sorrindo no escuro, em frente aos dementes e/ou coléricos. Pedindo, se admite a mediocridade.
Entre os versos esparsos e as drogas pacificadoras, escondido dos familiares que se dividem entre o assombro, pena e desprezo, está você, dentro do quarto, fora do mundo, sorrindo, no escuro.
Estoicamente, você espera pela mão salvadora que te arrancaria do deserto e te levaria até onde houvesse o que matasse a tua sede.
Devassado por si mesmo e odiado por si mesmo, você não reluta mais e pensa em alternativas moral e religiosamente censuráveis: práticas autocondenatórias, suicídios nada originais e fugas impraticáveis. (Você é medíocre afinal).
Descobre um substantivo novo. Abraça forte o animal de estimação falecido. Descobre flores sob a cama. É seduzido pelo lamento cálido de um inseto.
Reduzido, você se mastiga e se cospe. E no chão do quarto, no escuro, você ainda tem a sensação abominável dos seus dentes em sorriso.
Quase louco. Quase morto. Quase pronto para se despir. Você inventa uma coisa para, hermeticamente, gritar aos outros, aqui no blog, que você quer VIVER. Urgentemente.
Me ajudem.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Não consigo dormir, e escrevo...
Vermelho e amarelo se agridem no meu quarto cada dia menor.
As aranhas disputam comigo este território exíguo, transtornante, particular.
Não existe nos livros e cadernos providencialmente desarrumados sobre a mesa qualquer fórmula física, matemática, antropológica ou filosófica que explique a universalidade e ao mesmo tempo a singularidade desse momento. Dizendo melhor, dessa historia absolutamente vazia, na qual homens como eu alimentam sua ignorância.
Estamos em lugares diferentes, neste instante estamos mesmo fazendo ou pensando coisas completamente diferentes e, no entanto, nada transcende, tudo se resume ao nada.
Vermelho e amarelo se agridem e, no entanto, é desnecessário. Não faz a menor diferença tentar ser diferente.
Adianta sim, saber não existir.
As aranhas disputam comigo este território exíguo, transtornante, particular.
Não existe nos livros e cadernos providencialmente desarrumados sobre a mesa qualquer fórmula física, matemática, antropológica ou filosófica que explique a universalidade e ao mesmo tempo a singularidade desse momento. Dizendo melhor, dessa historia absolutamente vazia, na qual homens como eu alimentam sua ignorância.
Estamos em lugares diferentes, neste instante estamos mesmo fazendo ou pensando coisas completamente diferentes e, no entanto, nada transcende, tudo se resume ao nada.
Vermelho e amarelo se agridem e, no entanto, é desnecessário. Não faz a menor diferença tentar ser diferente.
Adianta sim, saber não existir.
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