quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Vanessa da Mata - Perguntas/Dúvidas/Constatações

Para os encantos dela, irmã, a poesia dela.
Afrodite temperada.
Uma timidez que se impõe.
Um mundo todo concentrado
e existindo e compartilhando-se,
humilde, solar.
Ela se pluraliza sem deixar de ser somente ela.
Sozinha, no quarto, também deve chorar às vezes.
Querendo voltar pra casa no interior. Interiores.
Querendo o colo da vó.
Querendo os doces da vó.
Querendo a avó doce.
Deve ser uma árvore e pensar que o mundo vale a pena... e ele vale!
É por isso que canta: Por uma árvore!
Ela é um dia inteiro olhando pro mar.
Às vezes é o próprio mar,
e quando não o é, caminha de volta para os seus rios,
e dorme como anjo.
Fecha os olhos duas vezes em três discos e é dona de tons que oscilam da doçura para a ousadia.
Deve ter vontade de abraçar alguém que ainda não conhece e sorri para estranhos na expectativa de que algum estranho passe à condição de alguém que se queira abraçar.
Seus olhos fechados: timidez ou paz?
E seus sorrisos, o que dizem?
O que ela me diria numa mesa de bar?
Quantas vezes por dia tem vontade de ser criança novamente?
Terá medo de que?
Será que o escuro ainda existe?
Perguntas/Dúvidas/Constatações... ... ...
Uma dor lancinante
Um desejo
Uma dádiva em pequenas dosagens
Um refúgio
Um GOL
Lá onde ela se esconde é dia ou noite?
Depende do dia?
E o desespero?
É comum?
Esporádico?
E gergelim com rapadura, já comeu?

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