sexta-feira, 3 de abril de 2009

Dama. Da noite

Fiz agora: uma declaração entre parênteses (recurso literário subvertido à guisa de hermetizar)
Talvez muito tarde, como muita coisa.
Mas fiz antes de ser tarde demais, quando não será possível fazer mais nada.
Fiz para Jú. E quem quizer entender, ou terá que ver o blog dela, ou perguntar pra ela.
Porque, de minha parte, cheguei ao silêncio. Não falarei mais.
(O silêncio, para quem não sabe, é o estágio limiar entre o cansaço total da vida e a transcendência total da vida!)
Feliz aniversário Jú.
Essa coisa que vai aí embaixo - não sei o quê, nem de onde - é um abraço que não sei.
Listen:

Dama. Da noite

A flor gosta de Física, ela diz de si.
E desabrochou no quintal da mãe, dois dias depois de reflorescer fora dele.
(Onde é mais difícil ser flor)
A flor é encantada.
E a ela são atribuidos certos milagres, tais como:
Manter vivo um amigo.
Ela é uma flor branca
(da cor dos arrependimentos)
(E o amigo sobrevivente ri da ironia, sozinho, só ele entende. Ri e sobrevive)
(Ele, que jamais será flor)
(Pede desculpas e sai de cena novamente)
(Para morrer, de um jeito ou de dois)
(Perdoado (espera-se) por esquecer)
(E condenado por sucumbir, mesmo tendo contado, na vida, com pessoas que, de noite, no escuro, floresceram para ele. Existiram.) (E despertaram amor)

Jú, feliz aniversário.
Antes do fim, ou do ponto seguimento: Love you sweet!

Ps: ...