quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

JUST LIVING

Meu último texto do ano!
Meu último texto?
Meu último ano!?
Lá vai, para quem me acompanha e para quem não me conhece.
Para quem não me toca e para quem me revela.
Feliz ano novo. Ou que ele seja, pelo menos, novo.

Ronaldo:


I - EU CHORANDO

E vamos todos sair das trincheiras hoje à noite!
Re-fa-zer-mo-nos e pro-me-ter-mo-nos!
Nossos objetos de tortura estarão todos à mão e afiados.
Sorria, você está sendo filmado, fotografado, beijado, você está comendo uvas, lentilhas, vidro, pó de estrela. Você está. Você.
Com as mãos na felicidade em 2009!
Vamos logo, sem parede!
"Coisas prateadas espocam" (com licença Adélia, deixa eu passar!)
Mas entre abraços e gracejos haverá um momento de silêncio.
Um momento de silêncio e de encontro (reencontro?) em que: PER-GUN-TA-RE-MO-NOS:
Começar de novo é o quê?
E por quê?
Começar para onde?
Não adianta fingir ou tentar se embriagar antes do show da virada, os medos vão te alcançar, as perguntas sem respostas, inexoravelmente, se convidam para o brinde. São imensas, intensas e luminosas, como os fogos de artifício.
Para quem não tem festa elas serão escuras e virão acompanhadas, talvez, de uns seis miligramas de clonazepam.
Mas, para todos nós, indefesos (fora das trincheiras), perguntas!

II - EU SORRINDO

Entretanto, acalmem-se! No meio de nós, perto do estômago, quase como uma dor de barriga, um pequeno embrião já viceja: renasce junto com o ano, a esperança.
É só ter calma que nosso momento de silêncio, de olhar pra baixo ou pros lados, nosso momento de não olhar pra nada, passará num minuto!
O mundo ensina e a gente não aprende que tudo passa: a dor ou o bom, o encanto ou a tragédia, pessoas ou carros do ano.
Fica quieto, deixa o rio passar. Pega um pouco de água entre as mãos, apenas o suficiente pra te refrescar, mas o resto do rio, deixa passar. Que virá outro logo atrás.
Por fim, último conselho do ano! Antes do novo ou do mesmo, ainda não sei o que virá: conselho velho: Carpe Dien: Nada de eternidades esta noite. Apenas transições.

III - EU CHORANDO E SORRINDO

Depois da zero hora...

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