domingo, 15 de março de 2009

Closed eyes

É tarde demais para muita coisa, eu sei. Eu descobri há muito.
Tarde demais, mesmo para conseguir ficar longe daqui: Casa de se esconder. Escuro de se acender.
E perto demais do chão. Perto demais dos pequenos monstros que desbravam o chão - imundo chão, impuro chão - do lugar em que vivo (sobrevivo).
Eu, também inseto kafkiano, on the floor.
Quase chorando.
Quase desistindo.
Esperando a noite passar,
o ano passar,
Esperando a vida passar com o mínimo de dor possível.
Missão: atravessar incólume e de olhos fechados o labirinto.
...
Mas se vocês estiverem aí, por favor, me toquem.
Não me deixem só. Por mais que eu queira ou precise.

2 comentários:

  1. Olá, amigo.

    Há muito tempo me convenci do seguinte: um escritor de verdade nunca abandonará o "ofício", ainda que ele deixe de colocar palavras no papel. Assim como um músico nunca deixa de ser um músico, mesmo privado de seu instrumento.

    Portanto, ainda que não sejamos reconhecidos, continuaremos escritores. E não há nada que possamos fazer para mudar isso. Não importa a maneira pela qual ganhamos a vida, seguiremos escrevendo. E o melhor que podemos fazer para não nos desesperarmos é nos cercar de gente amiga, mesmo que à distância.

    Um grande abraço!

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  2. Independente de merecer ou não, vc é parte de mim. Mas às vezes eu tenho medo de te sufocar com esse meu gostar, pq eu não sei gostar pouco. Nada é pouco pra mim. E é mto tarde para o amor que sinto. É definitivo. Tenho medo disso. Pq as pessoas mudam, os sentimentos passam, e parece a mim que eu posso ser facilmente esquecida. Vide o blog da Juju. E agora me dói. Não poder dar a vc o que eu lhe dedico de graça e te ofertaria sem que me pedisse. Vc faz falta. E de alguma maneira a frase a seguir, q pode até ser gramaticalmente errada, mas é verdadeira: VC É EM MIM.

    Na altura e no fundo.

    Juliana

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